Você está pensando em produzir conteúdo ou já faz isso como trabalho ou hobby? Então você deve saber que quando vamos produzir conteúdo precisamos estabelecer pontos de prioridade: qual mídia a ser utilizada? Quais as ideias centrais e como as disporemos em nosso roteiro?
Em resumo, organizamos as ideias e dispomos a informação numa lógica sequencial. Esse processo é basilar também para a arquitetura da informação, parte importante a ser compreendida para o seu planejamento. Leia mais para entender o que é e como aplicar na produção de conteúdo.
O que é arquitetura da informação?
Para compreender o que é arquitetura da informação, sigamos esse exercício: imagine você entrando em um supermercado sem placas e com corredores desorganizados ao ponto da azeitona estar do lado do sabão em pó. As informações ficam dispostas, mas sem sentido!
A arquitetura da informação vai fornecer os recursos necessários para estruturar o “nosso supermercado” organizando placas, indicadores e corredores com conteúdos interligados: o sabão em pó do lado do amaciante e as azeitonas do lado do milho em conserva.
A maneira que decidimos como organizar as partes de um sistema é essencial para o funcionamento do mesmo, por isso é importante perceber o modo em que buscamos tornar o processo compreensível. Ao receber o briefing, pensamos em como tornar o texto mais fluido a partir dos anseios traçados inicialmente, de maneira que o próprio conteúdo convide o leitor a ficar mais um pouco.
No entanto, não adianta ter um conteúdo milimetricamente planejado e não estar atento também ao sistema. Trabalhar com tópicos dentro da organização esquemática, sistemas de rotulagem, sistemas de navegação, sistema de pesquisa e outros componentes também relacionados à arquitetura da informação para poder alavancar os nossos objetivos e melhorar nossas métricas.
Lembrete: Apesar da latente preocupação com a funcionalidade, o sistema e a organização processual, o arquiteto da informação não é o designer de experiência do usuário. Em resumo, quando pensamos em hierarquias, categorias e outros elementos que descompliquem a busca por determinado domínio, estamos nos referindo à arquitetura da informação.
Diferença entre arquitetura da informação e UX
A arquitetura da informação e o design de experiência do usuário andam de mãos dadas. Entretanto, enquanto a arquitetura de informação fornece os aportes necessários para construir e estruturar os conteúdos, tornando o sistema compreensível e fácil de usar, a UX fica responsável por criar um ambiente interativo que seja agradável para a sua audiência.
O designer de experiência do usuário vai se preocupar com a criação dos elementos visuais e a interface do site ou blog, analisando o comportamento e as necessidades do cliente. O arquiteto da informação, por sua vez, irá elencar através de metodologias, as informações e os conteúdos com os quais trabalham na referida plataforma.
Quando planejamos a arquitetura de um site, os princípios da arquitetura da informação aumentam a chances de entendermos onde estamos e onde está a informação que a gente precisa.
Aliado ao design de experiência do usuário serão pensadas as taxonomias, a navegação e as hierarquias. Então, sim, a arquitetura da informação é importante, o design de experiência é necessário e esses dois fatores são cruciais para a nossa estratégia de conteúdo.
Importância da arquitetura da informação para sua produção de conteúdo:
Nosso maior objetivo enquanto redatores, além do conteúdo chamar a atenção, é que ele seja útil, esteja claro e bem estruturado. De acordo com o livro Clout – The Art and Science of Influential Web Content (2011) mensuramos a qualidade do conteúdo da seguinte maneira:
- Usável e encontrável: o conteúdo que é fácil de encontrar, acessar e ler.
- Claro e preciso: o conteúdo que é fácil de entender, coeso e correto.
- Completo: o conteúdo atende a todas as necessidades dos usuários.
- Consistente: o conteúdo que tem o estilo, a linguagem e a abordagem necessária para o usuário conseguir alcançar seus objetivos.
- Útil e relevante: o conteúdo que alcança os objetivos dos usuários e também de negócios. É apropriado e pertinente.
Atenção ao processo de produção do conteúdo: precisamos pensar além do texto e da técnica de otimização para pesquisa. Imaginamos sempre o caminho de alguém que encontra o nosso blogpost através do Google, mas, com os corredores do nosso supermercado bem organizados, conseguimos fazer aquele usuário permanecer no nosso site e encontrar nosso conteúdo através da organização esquemática.
Por outro lado, devemos pontuar as razões de alguém acessar o nosso site. Além da busca pelo produto, que relação eu desenvolvo com o meu consumidor —- ou apenas um visitante —- seja para ajudar a tomar uma decisão ou encontrar a resposta para sua pergunta?
Dessa maneira o estrategista de conteúdo vai trabalhar em conjunto com o arquiteto da informação e o design de experiência do usuário. O objetivo segue sendo desenvolver uma boa relação com o seu consumidor através de aspectos técnicos e humanizados. É importante entender que o site ou blog é simultaneamente um produto e um serviço e o conteúdo precisa enriquecer a arquitetura e o design nessa jornada e vice-versa.
É preciso relacionar a arquitetura da informação à estratégia de conteúdo e ao SEO, desde o planejamento. Esquemas que facilitem e reforcem esses pilares que tornarão a nossa informação útil, desejável, credível, usável, acessível, valiosa e encontrável, dentro e fora do site!
Assimilamos que a produção de conteúdo não é um processo isolado, cada vez mais faz-se necessário assumir a importância de traçar uma estratégia de conteúdo condizente. Você já tinha ouvido falar da arquitetura da informação? Já utiliza no seu blog ou site? Conta aqui pra gente como é relacionar essa etapa com o conteúdo produzido.
Texto escrito por:
Thaís Fátima de Assis
Aluna da Turma 4 do Curso de Conteúdo Criativo e SEO
Mentora: Débora Resende
Conteúdos produzidos pelas alunas do Curso de Conteúdo Criativo e SEO da Awalé.