Arquitetura de marca: como organizar de forma eficaz na sua empresa

Mulher trabalhando em um ambiente criativo, rodeada por amostras de tecidos, papéis e materiais de design. Ela está concentrada, segurando uma paleta de cores, enquanto parece planejar algo relacionado à identidade visual. O espaço ao fundo tem um estilo rústico, reforçando o conceito de criação artesanal e detalhada, ideal para um trabalho como 'Arquitetura de Marca'.

A forma como uma empresa organiza e comunica suas marcas pode ser decisiva para seu sucesso. A arquitetura de marca vai além de uma simples hierarquia: ela é a base para alinhar a identidade, os valores e as estratégias de negócio, impactando diretamente a percepção do público e a performance da empresa.

Empresas de pequeno, médio ou grande porte podem se beneficiar de uma estrutura bem definida, seja para fortalecer a marca principal, seja para criar submarcas que atendam a públicos diversos. Neste artigo, você vai entender os principais modelos de arquitetura de marca e como aplicá-los de forma estratégica na sua empresa.

O que é arquitetura de marca?

Arquitetura de marca é a forma como uma empresa estrutura a sua marca principal (marca-mãe), com seus produtos e serviços. Ela define a relação entre essas marcas, garantindo uma identidade unificada e coerente. Essa estrutura precisa ter uma hierarquia clara e estar alinhada às estratégias de negócio. É um elemento essencial do marketing, que reflete diretamente no posicionamento da empresa no mercado.

Para organizar a arquitetura de marca de maneira eficaz, é importante compreender os objetivos da marca-mãe e garantir que estejam alinhados com as demais marcas, produtos e serviços associados.

Modelos de arquitetura de marca

Existem quatro principais modelos de arquitetura de marca. Confira suas características, vantagens e exemplos práticos:

1. Monolítica (Marca-Mestra)

Neste modelo, a marca-mãe exerce total influência sobre todos os produtos e serviços. A proposta de valor de cada subcategoria está diretamente atrelada à marca principal, fortalecendo sua identidade de forma unificada.

Vantagens:

  • Fácil reconhecimento da marca.
  • Economia em estratégias de comunicação.

Exemplo: 

99: “Gerar valor aos usuários”. Todos os serviços da plataforma estão vinculados à marca principal.

2. Arquitetura Endossada

Neste formato, a marca-mãe endossa as submarcas, que possuem mais independência em termos de proposta de valor e identidade. Embora compartilhem o prestígio e a reputação da marca principal, as submarcas podem ter públicos distintos, comunicações personalizadas e até sites próprios.

Vantagens:

  • Maior flexibilidade para explorar novos mercados.
  • Permite diferenciação de públicos.

Exemplos: 

Nestlé: Nescafé, Nescau, Nesquik. Produtos com identidades distintas, mas que carregam a credibilidade da Nestlé.

Apple: produtos como iPhone, iPad e MacBook, todos sob a marca-mãe, mas com comunicação direcionada para cada público.

Em alguns casos, utiliza-se elementos como “by” ou “from” para reforçar a ligação, como em Nespresso by Nestlé.

3. Arquitetura Híbrida

Uma combinação de diferentes modelos de arquitetura. Neste caso, produtos e serviços estão ligados à marca-mãe, mas também possuem identidades que podem divergir ou se alinhar parcialmente com ela.

Vantagens:

  • Ideal para empresas com portfólios diversos.
  • Combina força da marca principal com autonomia de subprodutos.

Exemplo:

  • Coca-cola: a marca principal é forte, mas os produtos como Sprite e Fanta têm identidades próprias que se conectam parcialmente à marca-mãe.

4. Arquitetura de Marcas Independentes

Nesse modelo, os produtos e serviços não possuem conexão direta com a marca-mãe. Cada um tem uma identidade, proposta de valor e público completamente diferentes.

Vantagens:

  • Permite explorar mercados distintos sem impacto na marca principal.
  • Reduz riscos de associação negativa entre marcas.

Exemplo: 

Procter & Gamble (P&G): Pampers, Pantene, Always. Cada marca possui posicionamento e públicos completamente independentes.

Como escolher a arquitetura ideal para sua marca?

A escolha do modelo de arquitetura depende de fatores como:

  • Objetivos da marca: Qual é a visão de longo prazo e como você deseja ser percebido no mercado?
  • Estratégia de negócio: Qual é a relação entre seus produtos, públicos e mercados?
  • Coesão e alinhamento: A mensagem transmitida pelas marcas reflete os valores da marca-mãe?
  • Portfólio de produtos e serviços: Sua diversidade exige mais autonomia ou integração entre as marcas?

Lembre-se: a arquitetura de marca é adaptável. Com a evolução do negócio e do mercado, pode ser necessário ajustar sua estrutura para refletir mudanças em estratégias, públicos ou produtos.

3 exemplos de empresas com arquiteturas diversificadas

Globo

Combina modelos com serviços fortemente vinculados à marca principal (Globoplay, Globo.com) e canais independentes (GNT, Multishow).

Nestlé

Trabalha com marcas endossadas (Nescau) e algumas híbridas, adaptando-se à diversidade do setor alimentício.

Procter & Gamble

Atua com marcas totalmente independentes, cada uma com seu posicionamento.

Escolher a arquitetura de marca de forma estratégica é fundamental, pois impacta diretamente a percepção do público e o sucesso do negócio. Quando alinhada às estratégias, valores, objetivos e ao portfólio de produtos e serviços da empresa, ela garante uma comunicação clara, fortalece a identidade e gera valor a longo prazo.

Lembre-se: a arquitetura de marca é um processo contínuo e evolutivo. Ajuste-a conforme necessário para manter a relevância no mercado e gerar impacto positivo nos seus públicos.

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