A criatividade faz toda a diferença no crescimento das empresas. E sim, todos os setores precisam ser criativos para inovar. Porém, existem negócios muito conectados com a criação e são eles que compõem a economia criativa.
No Brasil, esse é um setor em expansão. Até 2030, a economia criativa deve gerar 1 milhão de empregos. Ou seja, é um mercado com boas perspectivas para profissionais e empreendedoras.
Neste artigo, vamos entender o que é a economia criativa. Também vamos explorar os impactos do setor e como você pode aproveitar as oportunidades. Continue a leitura para descobrir.
O que é economia criativa?
A economia criativa é formada por negócios que têm origem em atividades, produtos ou serviços criativos. O que essas empresas vendem nasce da criatividade ou do conhecimento.
Isso quer dizer que é necessário desenvolver criativamente o produto para que ele exista. E, diferente da economia tradicional, nem sempre os produtos são palpáveis.
Na agricultura, por exemplo, o trigo não depende da criatividade humana para nascer.
Existem diversos fatores que influenciam em uma plantação. Podemos ser criativos para lidar com eles, mas o trigo pode nascer independente disso.
Entretanto, um livro não pode existir sem o esforço intelectual de uma pessoa. Essa é a lógica dos negócios da economia criativa.
A economia criativa envolve setores como:
- Design;
- Arte;
- Mídia;
- Tecnologia;
- Marketing;
- Moda;
- Música;
- Artesanato.
Ou seja, é um mercado bem amplo e por isso oferece tantas oportunidades.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a economia criativa tem um poder transformador. É um setor com capacidade de gerar renda, empregos e beneficiar a economia dos países.
Os impactos da economia criativa
As empresas da economia criativa já geram grandes impactos.
Um levantamento do Observatório Nacional da Indústria (ONI), apontou que profissionais desse mercado estudam 1,8 ano a mais que os demais. Além disso, recebem salários 50% maiores do que os profissionais de outras áreas.
Por estimular a inovação, a economia criativa também afeta o empreendedorismo. São mais de 100 mil micro e pequenas empresas brasileiras dentro da economia criativa.
Nesse setor, é possível criar modelos de negócios. Isso significa que os serviços são melhor direcionados e criados para públicos específicos.
A área da tecnologia, por exemplo, é muito promissora. A criação de softwares e aplicativos segue em expansão e gera lucros para as empresas.
Com a maior presença do setor criativo na economia, o governo brasileiro criou estratégias de apoio. A Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural tem o objetivo de apoiar as empresas dessa indústria. Ela está conectada ao Ministério da Cultura.
Isso mostra como a criatividade continuará sendo levada a sério, como estratégia de negócio.
Como aproveitar oportunidades na economia criativa
Para atuar nesse mercado cheio de oportunidades, é preciso se preparar. Por isso, vamos apresentar alguns caminhos para começar a atuar na economia criativa.
Seja como colaboradora de uma empresa ou como empreendedora, as dicas te ajudam a traçar um caminho promissor no setor.
Mapeie as principais áreas de atuação
O primeiro passo é mapear as principais áreas de atuação. Como já citamos, a economia criativa é muito ampla.
Segundo o British Council, as principais áreas do setor criativo brasileiro são:
- Patrimônio natural e cultural (ex: museus, paisagens culturais);
- Espetáculos e celebrações (ex: artes cênicas, festivais, feiras);
- Artes visuais e plástica (ex: artesanato, pintura, fotografia);
- Livros e periódicos (ex: jornais, revistas, bibliotecas);
- Audiovisual e mídias interativas (ex: cinema, vídeo, TV, internet);
- Design e serviços criativos (ex: publicidade, design gráfico, arquitetura).
A pesquisa irá te ajudar a compreender os caminhos no mercado. Assim, você pode se aprofundar nas possibilidades de cada área.
Ao entender melhor como cada uma delas funciona, será possível escolher seu nicho.
Escolha seu nicho
Entendendo melhor onde você pode trabalhar, é o momento de definir o caminho a seguir.
É normal que pessoas criativas tenham dificuldade nesse momento. Afinal, a vontade é de abraçar o máximo de possibilidades.
Entretanto, escolher um nicho é essencial. Se quer empreender, essa é uma parte importante para construir o que será oferecido. E se você procura vagas de emprego, é um bom filtro para entender quais empresas buscar.
A escolha da sua área de atuação deve estar conectada ao seu propósito e habilidades. Se você escreve bem, por exemplo, a área de livros pode ser um bom caminho. Já se você gosta de desenhar, o design oferece melhores possibilidades.
Entender isso te dará mais chances de sucesso na economia criativa.
Busque capacitação
Não pare de se aprimorar. Mesmo já tendo habilidades criativas, é importante continuar aprendendo.
Na economia criativa, é comum que novas práticas surjam rápido. Por isso, a capacitação irá te ajudar a se manter atualizada.
Fazer cursos, pesquisar ou consumir conteúdos são alguns caminhos. Além de estudar para desenvolver sua habilidade, também é importante prestar atenção nos movimentos do mercado.
Para trabalhar com marketing de conteúdo, por exemplo, você precisa saber das principais tendências. Deve estar atenta as notícias e observar as estratégias que outras profissionais estão construindo.
Independente do seu nicho, a atualização constante irá te levar mais longe.
Conecte-se com outros profissionais
O networking é crucial para o sucesso na economia criativa.
Ao estar em contato com outros profissionais, você consegue trocar experiências. Profissionais que já estão no ramo podem fornecer dicas e indicar novos caminhos. Além disso, essa também pode ser a chance de conseguir novos trabalhos.
Divulgar o seu trabalho na internet é uma possibilidade para expandir os contatos. Assim, mais pessoas irão saber o que você faz. Com isso, você abre as portas para que outros profissionais cheguem até você.
E a divulgação do seu trabalho também ajuda a encontrar possíveis clientes.
Você também pode buscar ativamente por outros profissionais da economia criativa. A busca pode acontecer pela internet ou em eventos do setor, por exemplo.
O mais importante é não se isolar.
Se você gostou do artigo e quer aprender mais sobre como aprimorar sua carreira, leia o texto 6 habilidades de comunicação essenciais para o mercado de trabalho.
Formada em Estudos de Mídia pela UFF, já escreveu de tudo um pouco. Desde conteúdos para redes sociais, até roteiros de cursos e podcasts, ela nunca rejeita uma aventura pela escrita. Apaixonada por livros e moda, está sempre pensando na próxima leitura ou no próximo lookinho que quer comprar. Mora em Niterói e adora o calor do Rio de Janeiro.