Ter ideias criativas é o desejo de muitos profissionais de áreas como design, redação, inovação e artes plásticas.
Sem dúvida, pintoras, redatoras ou designers precisam mobilizar seu potencial criativo para criar, mas não é só nesses ramos profissionais que existe espaço para ser criativo.
A criatividade se manifesta em diversos aspectos: na cognição, na resolução de problemas, no trato com as emoções, no pensamento lógico e em tantas outras áreas.
Você pode estar se perguntando: se a criatividade está em tudo, por que não consigo acessá-la?
Neste artigo, vou falar sobre como encontrar suas próprias ideias e transformar seus projetos em realidade. Preparada? Vamos lá!
Perfeccionismo e ideias criativas combinam?
O perfeccionismo é um dos maiores obstáculos à criatividade. Essa foi/é a minha experiência como pessoa criativa e é também o que eu observo em outras pessoas.
Isso acontece porque a perfeição é uma concepção, uma ideia, um campo intocado pela humanidade. Buscar por ela é paralisante porque, no fundo, sabemos que ela não existe.
A criatividade, por outro lado, pede por experimentação e liberdade. Nela, encontramos um território de possibilidades e não de regras.
Recentemente, li em um grupo do qual participo, uma pessoa falando que gostaria de produzir conteúdo, mas preferia não produzir do que fazer mais do mesmo.
Respeitando o processo individual de cada um, quero trazer uma reflexão que tive a partir disso: sem fazer é possível encontrar o seu jeito de fazer?
Em outras palavras: é possível encontrar seu próprio estilo sem praticar?
Quando falamos de gerar ideias criativas, estamos falando sobre desenvolver processos criativos. E um processo precisa de prática, maturação, testes e, inevitavelmente, erros.
Aceitar que os erros fazem parte dos processos criativos é fundamental para desenvolver ideias originais.
Afinal, ideias criativas são resultados do deixar a mente se divertir.
Para isso, se permita transitar por caminhos não convencionais. Vou falar mais sobre isso a seguir.
2 hábitos anti-perfeccionistas que estimulam ideias criativas
Não existe um botão que, ao ser pressionado, libera ideias criativas. No entanto, é possível tê-las com mais frequência, tornando a sua rotina mais propícia para isso.
Vou apresentar dois hábitos que são inimigos do perfeccionismo e por isso vão te ajudar a construir uma vida mais criativa, olha só:
1. Aceite os erros
O medo de errar é um grande bloqueio para a criatividade. A fixação por não cometer nenhum erro alimenta a falsa ilusão de que, um dia, quando tiver ferramentas, coragem e talento suficientes, você finalmente vai começar.
Mas a verdade é que, para começar, você não precisa ser especialista; você só precisa fazer e ver como fica. Talvez bom, talvez ruim, mas certamente existindo no mundo.
O fato é que quando você se permite errar, abre espaço para experimentar e aprender com os resultados disso. E é justamente essa prática que te traz experiência e autoconfiança.
2. Comece com o seu mínimo produto viável
Existe um conceito chamado Mínimo Produto Viável, que se refere à versão mais simples de um produto. A ideia é tornar um produto viável com o menor esforço e recursos possíveis.
Esse conceito é amplamente utilizado no desenvolvimento de produtos, especialmente em startups. Mas percebe como ele se aplica perfeitamente a projetos criativos?
Pegue aquela ideia semente e a coloque em prática da maneira mais simples possível. Assim, você valida hipóteses e aprende mais sobre o seu processo de criação.
Colocando no mundo uma ideia criativa
Como vimos, um ótimo meio de colocar suas ideias no mundo é criando uma versão mais facilmente aplicável dela.
Por exemplo, se você pensou em criar uma plataforma online para escritores compartilharem suas histórias, pode ser uma boa começar com um grupo no WhatsApp ou no Telegram.
Com isso, você testa a ideia, coleta feedback e entende melhor as necessidades das pessoas envolvidas.
Após essa experiência inicial, aí, sim, você começa a desenvolver a plataforma. Talvez você perceba que de fato essa é a melhor das ideias e, agora, você já vai ter uma noção do que ela precisa ter. Ou talvez surja uma ideia ainda melhor do que a plataforma.
Beleza. Entendi que é importante começar. Mas como eu faço isso?
Vou te apresentar um passo a passo que pode ser útil para desenvolver suas ideias:
- Tire a ideia da cabeça: exteriorize a sua ideia em algum lugar. Pode ser num caderno, numa ferramenta online ou no bloco de notas do celular. Ver a ideia “de fora” ajuda a compreendê-la melhor.
- Defina o essencial: identifique o núcleo da sua ideia. O que é absolutamente necessário para ela funcionar? Procure se concentrar nesse núcleo ao criar a primeira versão dela;
- Comece pequeno: utilize ferramentas e recursos que você já tem. Isso gera menos preocupação, diminui a pressão e permite que você se concentre na construção da ideia;
- Teste: compartilhe sua ideia com um pequeno grupo de pessoas que possam se beneficiar dela. Peça feedback e se abra para críticas construtivas.
- Tenha flexibilidade: opiniões externas podem gerar novas compreensões e reflexões sobre o seu trabalho. Aproveite esse momento para filtrar aquilo que faz sentido e aprimorar sua ideia.
Ideias criativas estão por toda parte
Segundo a escritora Maya Angelou, a criatividade não é algo que se esgota; quanto mais a usamos, mais a temos.
Por isso, uma ótima forma de movimentar a criatividade e permitir que ela floresça é colocando suas ideias no mundo.
Nota da editora (eu mesma): só enquanto escrevia esse artigo, tive mais cinco ideias para os próximos. 🙂 |
Muitos de nós precisamos aprender a lidar com o perfeccionismo e criar com as ferramentas e técnicas que já temos. Espero que esse artigo tenha te mostrado como fazer isso.
Pronta para criar o mínimo produto viável de um projeto que está aí dentro há algum tempo? Se fizer e postar, não esquece de me marcar em @casapalavrio.
Você pode ainda deixar um comentário no campo abaixo compartilhando alguma reflexão que você fez a partir desse texto.
Te espero! Até a próxima! 🌻
Graduanda em linguística pela UFSCar, Sabrynna é redatora, comunicadora e poeta. Acredita que feito é melhor que perfeito, gosta de ouvir sobre o processo criativo de outras pessoas, e de falar “uai”. Se inspira pelo mundo ao seu redor e por aquilo que se sente ao estar no mundo.