Empoderamento materno como forma de reconhecer a identidade

Empoderamento materno

Um dia me deparei com uma simples, porém profunda, legenda de uma foto no Instagram: “Sou a melhor mãe que eu posso ser. Não a melhor do mundo. A melhor que eu posso”.

Essas palavras da atriz Tatá Werneck em uma foto com a filha, ecoaram em mim de uma maneira tão intensa que me fizeram refletir sobre o verdadeiro significado do empoderamento materno

No meu ponto de vista, é algo muito mais profundo do que simplesmente se tornar invencível ou infalível. É sobre nos permitir sermos humanas, vulneráveis, sobre nos aceitarmos com todas as nossas falhas e virtudes.

Afinal, o que é o empoderamento materno?

O empoderamento materno é um processo delicado, que vai além de cuidar dos filhos. É um caminho de autoconhecimento, de fortalecimento emocional e psicológico. 

É compreender que está tudo bem em não ser perfeita, em não corresponder às expectativas alheias, mas sim em buscar ser a melhor versão de si mesma. Nesse processo, é fundamental que nos libertemos de padrões e expectativas irreais que nos são impostos pela sociedade

Não devemos nos comparar com outras mães, mas sim nos inspirarmos nelas e aprendermos umas com as outras. Cada jornada materna é única, assim como cada criança é única, e é isso que torna esse caminho tão especial e desafiador ao mesmo tempo.

E quando falamos sobre empoderamento materno dentro do contexto racial e étnico, a complexidade aumenta. Criar crianças pardas, como é o meu caso, implica em ajudá-las a se reconhecer, em reconhecer sua identidade e ancestralidade

O empoderamento materno ajuda crianças, como meus filhos, a terem as informações e a força que precisam para ir de encontro a uma sociedade que insiste em negar ou minimizar nossa identidade racial.

Ajuda também a criar um ambiente que celebre sua diversidade, que lhes permita abraçar todas as suas origens com orgulho. É sobre ensiná-las a amar e respeitar suas raízes, enquanto enfrentamos juntas os desafios de uma sociedade ainda permeada por preconceitos e desigualdades.

Portanto, o empoderamento materno não é apenas sobre nós, mães, mas sobre as futuras gerações que estamos criando. É sobre lutar por direitos e melhores condições não só para nós mesmas, mas para todas as mães, independente de cor, raça ou etnia. 

É sobre construir um mundo onde todas as mulheres possam se sentir fortes, seguras e capazes de serem as melhores mães que podemos ser, não as melhores do mundo, mas as melhores que podemos.

6 respostas

  1. Nossa, vi minha vida nesse texto. Eu vivi. A constância de gerações de mães achando que tudo tem que sair perfeito, cobranças e mais cobranças precisa acabar.

    Bom, eu amei e espero que alcance muitas mães por aí.

  2. Esse texto está incrível, me senti representada. Como mãe solo de duas crianças, ser a melhor mãe que posso ser vem sendo minha maior dedicação
    Parabéns Mari, trabalho lindo.

  3. Que incrível! Seu texto não apenas me inspirou, mas também me impulsionou a agir de forma mais determinada.
    Mal posso esperar para ler mais do que você tem a compartilhar!
    Parabéns, Mariana.

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