Produções originais no streaming: conquistando fãs e fortalecendo marcas

jovem negra usando moletom, com o black power solto, sorri sentada em um sofá vendo streaming e come pipoca.

O streaming é um fenômeno que remodelou a maneira como consumimos entretenimento. Plataformas como Netflix, Amazon Prime, Disney+ e muitas outras não estão apenas competindo por nossa atenção: elas estão travando uma batalha épica pela fidelidade dos consumidores. E o segredo para alcançar essa conquista? Produções originais que não só nos entretêm, mas também definem a identidade dessas marcas.

Quem nunca associou Stranger Things à Netflix, The Boys à Prime Video ou The Mandalorian à Disney+? As séries e filmes originais de cada plataforma são muito mais que entretenimento: são estratégias de branding poderosas, criadas para nos fazer sentir parte do universo da marca. Mas como exatamente essas plataformas transformaram conteúdo audiovisual original em uma ferramenta de marketing tão eficaz? É o que vamos descobrir.

A era do streaming: onde o conteúdo se torna identidade

Lembra quando alugávamos DVDs ou esperávamos ansiosamente pelo horário do nosso programa favorito na TV? Pois é, parece uma história das antigas. Especialmente quando, hoje, o streaming domina a distribuição de conteúdo audiovisual. E os números não mentem: 75% dos brasileiros consomem vídeos diariamente, segundo dados da Kantar IBOPE Media e da pesquisa Roku. Com tanta gente mergulhada nesse universo, as próprias plataformas precisaram inovar para se destacar.

No começo, o foco era ter o catálogo mais extenso. Logo, vencia aquela que tinha mais filmes e séries licenciadas disponíveis. Porém, com a concorrência acirrada (Netflix, HBO Max, Apple TV+, Globoplay, entre outras), simplesmente oferecer conteúdo que já existia deixou de ser suficiente. Foi aí que as produções originais entraram em cena como um grande trunfo.

A Netflix foi pioneira nessa jogada. Em 2013, House of Cards não foi apenas uma série política viciante; foi um marco. Pela primeira vez, uma plataforma provou que poderia criar algo tão bom (ou melhor) que a TV tradicional. Depois vieram Orange Is the New Black, Sense8, Stranger Things, Round 6, entre outros sucessos, cada um consolidando a Netflix como sinônimo de conteúdo audiovisual.

Mas não para por aí. A Disney+ entrou no jogo com The Mandalorian e séries do Marvel Cinematic Universe (MCU), aproximando ainda mais da plataforma os fãs das franquias Star Wars e Marvel. Já a Prime Video apostou em The Boys para mostrar que não tem medo de chocar, apresentando um lado obscuro dos super-heróis. Resumindo: cada plataforma usa suas produções originais como um cartão de visita, definindo sua personalidade no mercado.

Por que o conteúdo original virou a chave do sucesso?

Se antes a disputa era por quem tinha o melhor catálogo, hoje a guerra é por quem cria o conteúdo mais marcante. E isso não é só sobre entretenimento; é sobre construir uma identidade de marca que ressoe emocionalmente no público.

A Netflix, por exemplo, virou sinônimo de narrativas ousadas. Stranger Things não é só uma série sobre monstros e crianças corajosas: é uma viagem nostálgica aos anos 1980, cheia de referências pop que conquistaram fãs no mundo todo. Já Round 6 explodiu como um fenômeno global porque a plataforma já sabia (graças a seus algoritmos) que histórias de sobrevivência e suspense tinham apelo universal.

A Prime Video, por sua vez, encontrou sua voz com The Boys, uma sátira violenta e irreverente aos super-heróis. Enquanto isso, a Disney+ aposta em produções como Loki e WandaVision para manter o engajamento dos fãs da Marvel e também de Star Wars.

O segredo por trás disso tudo? Dados. As plataformas não escolhem suas produções ao acaso: elas analisam o que o público assiste, como assiste e por quanto tempo. Se uma série coreana como Round 6 vira febre mundial, é porque a plataforma de streaming já sabia que esse tipo de narrativa tinha potencial.

O poder de uma boa história

Fidelização e engajamento

Uma produção original de sucesso não só atrai novos assinantes, como também prende os que já estão lá. Quem cancela a Netflix depois que ela anuncia uma nova temporada de sua série favorita? Quem resiste a ver o próximo episódio de Beleza Fatal, na HBO Max, antes de pular para outra plataforma?

Essa exclusividade cria um sentimento de pertencimento. Fãs de La Casa de Papel, Beleza Fatal, Round 6 e vários outros não assistem só por entretenimento: eles debatem teorias, criam memes e defendem a história e seus personagens nas redes sociais. Esse engajamento transforma o conteúdo em uma experiência coletiva, fortalecendo a conexão com as plataformas.

Ou seja, as plataformas não estão apenas competindo por atenção; estão constantemente criando comunidades de fãs que se identificam com suas marcas e produções.

Diversidade e inclusão

Outra estratégia brilhante é a diversificação de conteúdo. Plataformas como a Netflix não querem agradar a um único público: elas querem conquistar nichos diferentes.

Sex Education aborda sexualidade e identidade de gênero com humor e sensibilidade. Orange Is the New Black trouxe representatividade para as narrativas ocorridas dentro de uma prisão feminina. Até a animação Arcane, baseada em League of Legends, mostrou que games também podem virar séries de sucesso.

Essa variedade não só amplia o alcance das plataformas, mas também posiciona suas marcas como inclusivas e modernas. Enquanto a Disney+ aposta em famílias e franquias, a HBO Max explora produções adultas e autorais, como Succession. Cada escolha reflete um posicionamento de marca.

A experiência do usuário: quando a plataforma também é parte da marca

Por fim, não podemos esquecer que a plataforma em si é parte da estratégia de branding. Afinal, o sucesso não se resume ao catálogo de séries e filmes, mas também à forma como esse conteúdo é entregue.

A Netflix não é amada só por suas séries, mas por sua interface intuitiva e eficiente, somada a algoritmos de recomendação altamente personalizados. Já o Disney+, além de oferecer um acervo generoso, reforça sua proposta de valor com um design lúdico e organizado por universos e franquias, revisitando emoções que conectam o público com a marca de maneira quase afetiva.

Funcionalidades como “continuar assistindo”, “listas personalizadas” e “lançamentos da semana” não são apenas convenientes, elas constroem um relacionamento contínuo com o público. Quando uma plataforma parece antecipar seus desejos e preferências, gera-se uma percepção de cuidado, exclusividade e proximidade.

Nesse ponto, a plataforma parece entender os gostos de quem está assistindo, trazendo junto a sensação de que ela foi feita sob medida para o assinante. E essa experiência é branding puro.

O futuro do streaming é original

O streaming já não se limita ao ato de assistir; ele se transformou em uma forma de vivenciar marcas. Produções originais, conteúdo diversificado e experiências personalizadas formam um universo que muda como consumimos o audiovisual e nos conectamos com o entretenimento.

Neste novo cenário, quem domina o conteúdo original não está apenas garantindo audiência, mas também moldando o próprio futuro do setor. E, no centro dessa transformação, estamos nós, os usuários, que nos beneficiamos com experiências mais personalizadas, envolventes e significativas.

Portanto, da próxima vez que você se perder em uma maratona de uma série original, saiba: não é só entretenimento. É uma estratégia pensada para te envolver, fidelizar e conquistar, porque, no streaming, cada play é também um passo na construção de uma marca.

A gente já sabe o impacto das produções originais no streaming… mas queremos saber o seu! Qual série ou filme original mais te conectou com uma marca? Compartilha aqui nos comentários.

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