A importância da representatividade em personagens infantis

personagens infantis

Sentar na frente da televisão e assistir a um filme, uma série ou animação transcende os limites do entretenimento e atingem um lugar muito importante na vida de grupos minorizados: a representatividade.

 

Desde a infância é muito importante que os personagens infantis presentes nas animações inspirem diversidade e empoderamento.

 

Neste texto, vamos tratar da importância da representatividade, alguns exemplos de personagens infantis que estimulem o diálogo sobre esse tema e por último vamos falar de uma personagem que está dando o que falar na mídia: a Pequena Sereia. Boa leitura!  

Personagens infantis: vamos falar de representatividade

A infância é um momento mágico na vida das pessoas, pois esta também é a fase das descobertas. Através de brincadeiras e dos personagens infantis é possível se identificar socialmente e encontrar representatividade é fundamental.

 

Brincar é importante para além do estímulo da criatividade e da fantasia. Desenvolve habilidades motoras e também contribui para a construção da estrutura emocional e familiar que a criança  levará para toda a vida.

 

Encontrar uma boneca com a cor da sua pele estimula o sentimento de pertencimento social e encontrar personagens com os quais a criança possa se identificar, como princesas e heroínas, cada dia mais é uma preocupação das mães e pais atentos  à questão da diversidade.

 

Atualmente, as animações estão com produções com personagens que se aproximam muito da realidade.  Vamos falar de alguns desses personagens e da relevância deles quando o assunto é diversidade e representatividade.

Sobre os personagens infantis

Falar sobre personagens infantis é também pensar sobre a importância do protagonismo das pessoas que foram silenciadas pertencentes a grupos minorizados e hoje podem fazer parte desses diálogos.

 

Perceber a emoção de crianças ao verem heróis e princesas na televisão e no cinema com a mesma cor e o mesmo tipo de cabelo que o seu, é inestimável. Elas se espelham no personagem e são fortalecidas por meio de empoderamento, autoestima e confiança.

 

Conheça agora algumas das animações com personagens que inspiram e conquistam crianças e adultos por meio da representatividade.

A princesa e o sapo

Em “A Princesa e o Sapo” encontramos Tiana, a primeira princesa negra a protagonizar um dos contos da Disney. Entre sua primeira animação de princesa, Branca de Neve, em 1937, até Tiana, foram necessários 72 anos.

 

Muito embora seja muito relevante a criação desta personagem, infelizmente ela passa muito tempo fora do seu corpo, pois desde o início do filme ela se transforma em uma sapa. Mas esse foi só o começo. Muitos outros projetos de representatividade surgiram desde então.

Tainá e os Guardiões da Amazônia

Tainá e os guardiães da Amazônia é uma série cuja personagem principal é a pequena indígena Tainá, que com seus amigos, o macaco Catu, o urubu-rei Pepe e a pequena ouriça Suri, vivem divertidas aventuras na Amazônia.

 

Traz um contexto de reconhecimento do ambiente e aprendizado, pois fala sobre a maior floresta tropical do mundo e sua extraordinária diversidade. 

 

E não para por aí, estimula nas crianças o respeito à diversidade e às diferenças culturais, além de mostrar as habilidades e limitações das personagens, tratando ainda de respeito, amizade e cuidado com a natureza.

O mundo de Greg

O mundo de Greg é uma produção da Cartoon Network e seu enredo traz um garoto de dez anos, Greg Williams, um personagem negro, que mora em uma cidade suburbana, com seus pais e seus irmãos Jessica e Bernard.

 

Junto com seus dois amigos Kelsey e “JP”, eles vivem muitas aventuras em um mundo criado por eles, no qual eles desvendam mistérios e segredos,  divertindo-se muito. As aventuras vividas por eles abordam temas sobre a diversidade e inclusão social, sempre de forma bastante lúdica.

E a pequena “grande” sereia?

Um dos novos filmes da Disney é “A pequena sereia“, uma personagem infantil, que está causando um grande burburinho na internet. O live – action trouxe a protagonista diferente da animação e esse é o motivo de tantas críticas.

 

Normalmente o live-action funciona como um meio de repaginar uma história que já tem conexão emocional com a audiência e nesse caso específico, o fato de Ariel ser interpretada pela atriz Halle Bailey, decepcionou parte da audiência.

 

Por outro lado, muitas crianças negras sentiram uma grande identificação com a personagem e a partir desse movimento é possível levantar algumas pautas, como representatividade infantil e protagonismo negro.

 

Assista a uma reportagem sobre a reação das crianças:

No mês da ficção negra é fundamental que a importância da representatividade negra seja abordada para que cada vez mais, meninas e meninos negros possam se sentir representados e pertencentes na sociedade.

Para entender um pouco mais sobre representatividade, não deixe de ler o artigo Mulheres na política: como nós estamos ocupando esse espaço? 

Texto por Fernanda de Moraes

Aluna da turma 2 do Curso de Escrita Criativa e SEO

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